Como tudo começou...

27/05/2011 19:33

 Como tudo começou...

2011-05-27 03:10

 Nasci de parto cesariana onde minha mãe tomou anestesia raquidiana, em 29 de dezembro de 2003 às 10h45minh na maternidade São Lucas na cidade de Macaé,

Na minha declaração de Recém-Nascido tinha as seguintes informações:
  APGAR:  1º Minuto 7          5º Minuto 8
  Peso: 3.120 gr
  Altura: 47 cm
  Perímetro Cefálico: 36
  Sexo: Feminino
  Obstetra: Dr. Sandra
  Pediatra Neonatologista: Dra. Maria Pompéya
  Chorei: após estimulo
  E fiquei na incubadora  durante 3 horas
  Só abri meus olhos após 10 dias
  Nasci com refluxo
 
TESTE DO PEZINHO
  PKU: Inferior a  1,0 mg/dl (FLUORIMÉTRICO)
  TSH: 3,76 Us/ml (IFMA)
Triagem Neonatal de Hemoglobina
Resultado: FA
Conclusão: Negativo para Pesquisa de Hemoglobina- S’
Método: HPLC/FOC. ISOELÉTRICA
 
Aos seis meses minha mãe descobriu que tenho alergia a lactose.
 Com onze meses minha pediatra Dra. Márcia me encaminhou ao neurologista com a seguinte questão:
Ob: no parto apresentou sofrimento fetal nasceu em 32 semanas gravidez – a mãe teve descolamento de placenta. Tenho observado atentamente o desenvolvimento motor dos membros inferiores agora está sentando melhor, às vezes precisa de apoio. Não engatinha, está começando a rolar e se arrastar, não fica sem apoio.
Pedi opinião ao ortopedista e Rx tronco e membros inferiores – segundo o colega está tudo bem ortopedicamente.  Então peço sua avaliação e pensei também se fisioterapia seria adequada.
Minha mãe não conseguiu marcar consulta com o neurologista voltei a minha pediatra que indicou fazer estímulos nas minhas pernas na praia pela manhã onde também aproveitava para pegar um solzinho, mas minhas pernas não respondiam.
Minha moleira não fechava com isso tive que fazer um novo exame:
 
US TRANSFONTANELA (06/01/2005)
ü  Parênquima cerebral com ecogenicidade preservada.
ü  Nota-se pequena dilatação dos ventrículos laterais.
ü  Terceiro e quarto ventrículos de aspectos ecográficos usuais.
ü  Plexos coróides simétricos.
ü  Não há desvios das estruturas centro-medianas.
Por não responder quando me chamavam fui novamente a pediatra que solicitou que eu fizesse:
 
POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO
 – BERA (19/03/2005)
Estimulação:
Clicks: filtrados
Intensidades: em dB nHL
Eletrodo: Cz – A1 e Cz –A2
Mascaramento: 40 dB nHL contralateral
Registro:
Tempo de análise: 10 ms e 11 pps
Conclusão:O exame apresenta ausência de sinais sugestivos de comprometimento das vias auditivas retro cocleares para ambos ouvidos.
O exame sugere ainda audição dentro da normalidade, com Limiares eletrofisiológicos de 20 dB nHL (aprox. 05-10 d BNA) em clicks filtrados (1500 – 4.000 Hz), para ambos ouvidos.
 Sugerimos acompanhamento audiológico até 2 anos.
 
 
AUDIOMETRIA (19/04/2005) 1 ano e 3 meses
Paciente bastante agitada de difícil condicionamento apresenta respostas inconstantes (os pais relatam o mesmo em casa) com instrumental reage a todos os apresentados com reflexo-corneo palpebral músculos em A.O.  Com fones não tem respostas claras, os liminares obtidos foram através de reações de parada de movimento ou atenção ao som. Localiza algumas vezes para + 10 acima dos marcados no gráfico. Para voz a resposta é clara e com localização da fonte. Ao ouvir a voz da mãe procura por ela.
Os liminares obtidos estão abaixo do esperado para idade cronológica, compatível com o atraso motor e de desenvolvimento que A, B apresenta.
Sugiro terapia fonoaudiologica geral com ênfase em processamento auditivo.
Emissões olocausticas, BERA e Timpanometria dentro dos padrões de normalidade.
Depois de todos esses exames achei que tinha acabado, mas estava apenas começando já que um belo dia sentada no colo de minha avó tive minha primeira convulsão minha mãe ficou louca me levou as pressa para o hospital sendo que lá tive mais duas o médico que me atendeu disse para minha mãe que eu estava tendo espasmos e que era para ela procurar um neurologista pois ele tinha quase certeza que eu tinha SINDROME DE WEST, fiquei em observação durante toda noite e fui encaminhada a fazer um:
ELETROENCEFALOGRAMA (18/04/2006)
Conclusão  Eletrográfica: EEG em sono induzido anormal focal grau III. Acentuados sinais de disfunção de estruturas cortiço/subcorticais de caráter especifico caracterizados pela presença de ondas agudas e pontas e grupamentos teta intermitentes de localização bitemporal de predomínio à direita.
Dra. Ana Lúcia do Instituto Fernandes Figueira ele medicou DEPAKENE 250ML (XAROPE), FRISSION 10,  após quinze dias voltei na consulta onde foi aumentada a dosagem da medicação mesmo assim voltei a ter duas crises convulsivas (epiléticas)e precisei fazer novo eletroencefalograma.
 
ELETROENCEFALOGRAMA (04/05/2006)
 
EEG digital com mapeamento cerebral de sono demonstrando atividade de base lenta esterotipa, simétrica, de elevada amplitude, sem atividade epileptiforme. Notam-se freqüentes paroxismos de OIRDA (atividade delta rítmica occipital). Melhora evolutiva, com controle satisfatório da atividade epileptiforme. Síndrome de West controlada.
 
No dia 26 de abril de 2008 tive outra crise convulsiva com seis espasmos consecutivos e foi solicitado novo encefalograma.
 
ELETROENCEFALOGRAMA (29/04/2008)
 
Conclusão eletrográfica: EEG de sono medicamentoso anormal generalizado, de predominância em áreas anteriores, com anomalia focal, na região parietal mediana:
 
Paroxismos lentos anteriores.
Grupos teta difusos.
Ondas agudas e complexos pontiagudos focais.
 
CORRELAÇÃO ELETROCLÍNICA
Acentuados sinais de disfunção de estruturas subcorticais, de melhor projeção em áreas anteriores, de caráter paroxístico, associados a acentuados sinais de disfunção localizada ou projetada na linha mediana, em sua porção mais posterior, de caráter específico.
Obs: Apenas sob o ponto de vista eletroencefalográfico, a paciente apresenta grafoelementos que costumam ocorrerer em algumas síndromes genéticas (Rett, Angelman). A valorização destes achados só deverá ocorrer de acordo com a avaliação clínica e genética da paciente.
 

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